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Comunicação


Mandetta pede a Mendonça Filho que acabe com crescimento desenfreado de cursos de Medicina
24/11/2016 - 15:19

Foto | Fonte: Assessoria de Imprensa | Deputado Mandetta      

Durante audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, ontem, para debater a reforma do ensino médio com o ministro da Educação, Mendonça Filho, Mandetta pediu mais controle com a abertura de novos cursos de Medicina. ''Quero parabenizar e reforçar a crença do ministro que apontou o caminho da reforma do ensino médio com propriedade e essa Casa saberá aproveitar e aprimorar o texto'', começou Mandetta.
 
Em seguida, o parlamentar lembrou que entre os anos de 2013 e 2015, o Brasil saltou de 148 para 349 faculdades de Medicina. ''Duzentas novas escola em um ano, ou seja, 78% dos médicos serão formados em escolas privadas financiados em sua grande maioria pelo FIES'', alega. Segundo ele, com a mensalidade a um custo médio de 6 mil reais, lembrando que tem faculdade que chega a cobrar dez mil reais, esse jovem médico recém-formado sairá com uma dívida de 1,340 milhão para pagar em 18 anos.
 
Mandetta também alertou a falta de perspectiva de residência médica. ''A lei passa a obrigar que esse jovem médico dedique dois anos ao programa Saúde da Família como pré-requisito para a residência'', afirma. E numa projeção futura, o parlamentar destaca que o Brasil quebrará o recorde de formar 35 mil médicos por ano, o que somará a 350 mil numa década. ''Como a vida profissional do médico é de 40 anos chegaremos a um milhão e quatrocentos mil médicos'', afirma.

Outro ponto delicado da formação médica apontada por Mandetta é a falta de avaliação seriada consistente para separar classificar a formação médica. ''Vamos pensar mais nas próximas gerações do que nas próximas eleições?'', questionou.
 
O ministro se mostrou aberto a chegar a um consenso sobre o que fazer com os cursos de Medicina, já que existem opiniões diverges no parlamento. ''É uma boa discussão e uma boa preocupação'', finalizou.