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Simes se reúne com médicos da Comissão de Negociação da SESA
16/11/2016 - 17:53

Foto: Simes   


O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo se reuniu, na última sexta-feira (11), com os médicos da Comissão de Negociação da SESA, na sede do Sindicato. O intuito da reunião foi estabelecer os próximos passos e estratégias do movimento que luta pelas condições de trabalho da categoria médica do Estado.

Dentre inúmeros questões e posicionamentos, os médicos discutiram, inclusive, uma paralisação dos médicos da Secretaria de Estado da Saúde. Um novo edital será aberto para a categoria discutir os pontos de pauta em assembleia e, a partir de então, sensibilizar os poderes públicos a respeito das condições de trabalho dos profissionais médicos e cobrar os gestores estaduais.

A respeito das condições de trabalho, a categoria aponta que não possuem os materiais de trabalho necessários para o atendimento básico à saúde da população; ainda, para manter o controle dos atendimentos, precisa-se de estrutura informatizada, o que o Estado não tem fornecido aos médicos, além de mesas e cadeiras nos consultórios; o Estado desaponta, também, com a falta dos materiais específicos de cada especialidade.

Não menos importante, os médicos pretendem apresentar aos gestores um estudo sobre cargos e salários, feito pelo DIEESE. O presidente do Simes e da Fenam, Dr. Otto Baptista, falou sobre a importância deste estudo. ''Os gestores cobram o máximo do médico, mas não oferecem, sequer, o mínimo. Os salários oferecidos não se aproximam do Piso da categoria, o que mostramos, através deste estudo do DIEESE, que estão duas décadas defasado. Buscamos dignidade para a categoria.'', afirmou.

Em resposta aos gestores, que informaram a instauração do ponto eletrônico, os médicos da Comissão de Negociação da SESA questionam alguns pontos que foram prometidos em reuniões anteriores, como o tempo de reforma que acontece no CRE Metropolitano e a flexibilidade de carga horária pelas condições de trabalho ofertadas.

Por fim, a Comissão denunciou algumas atitudes extremamente antiéticas do governo do Estado contra a categoria. Retaliação em caso de pedidos de demissão e, até mesmo, perseguição aos médicos que participam ativamente do movimento - alguns profissionais perderam feriados, que tornaram-se ponto facultativo apenas para a categoria, após início do movimento. ''O Sindicato dos Médicos não vai se omitir a respeito dessas represálias por parte do governo contra um movimento sindical legítimo. Vamos sensibilizar o Ministério Público a respeito dessas atitudes e mostrar tudo que o governo tem feito para prejudicar o médico no Estado'', afirmou o advogado do Simes, Dr. Télvio Valim.