Sobre

Comunicação


FENAM cobrará mais vagas para médicos brasileiros
16/11/2016 - 13:54

Fonte: Camila Borges

A Federação Nacional dos Médicos acompanhará atentamente a inscrição dos médicos no edital de abertura de mil novas vagas para profissionais brasileiros no âmbito do Programa Mais Médicos. Circula a informação que já há desemprego no meio médico, e que se houver um elevado número de inscritos, maior do que a quantidade de vagas oferecidas, a Fenam trabalhará fortemente junto ao Ministério da Saúde para a ampliação dessas 1.000 vagas.

A proposta é ampliar a participação de brasileiros na iniciativa por meio da substituição de médicos cubanos que participam do programa por meio de acordo de cooperação com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

Essas mil novas vagas estarão distribuídas em 462 municípios, sendo 838 ocupadas atualmente por profissionais cubanos e outras 166 relativas a reposição de desistentes. O governo afirma que pretende substituir 4 mil médicos cooperados em três anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil o número de participantes no programa.

O edital

A maioria das vagas do edital se concentra em capitais, regiões metropolitanas e municípios com mais de 250 mil habitantes. Ainda de acordo com a publicação, médicos brasileiros terão 15 dias para permutar sua vaga com outro profissional selecionado. Com isso, o governo espera que os candidatos tenham mais uma chance de garantir a atuação onde desejam.

Inscrições

As inscrições serão realizadas entre 20 de novembro e 23 de dezembro. As vagas que não forem preenchidas por médicos brasileiros com atuação no país serão ofertadas a brasileiros formados no exterior. A previsão do ministério é que, a cada três meses, um novo edital seja publicado com novas vagas para o Mais Médicos.

Números

Atualmente, dos 18.240 médicos participantes do programa, 5.274 são formados no Brasil (29%), 1.537 têm diplomas do exterior (8,4%) e 11.429 fazem parte do acordo de cooperação com a Opas (62,6%). O Programa apregoa que atende 63 milhões de Brasileiros, mas conforme relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) de março de 2015, foram detectadas falhas na distribuição dos médicos e dados apontaram que 26% dos municípios carentes não foram atendidos.