Foto: Alessandro de Paula                    Fonte: Jornal O Fato

A situação da Santa Casa está cada dia mais complicada. O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) informou ontem que por mês o hospital está com rombo de R$ 600 mil em suas contas. Atualmente, segundo os profissionais, a dívida do hospital já está em R$ 35 milhões.

Os números foram levantados durante reunião realizada na quinta-feira da semana passada entre o sindicato e o corpo clínico da instituição. ''É um verdadeiro estado de calamidade pública'', afirma o sindicato.

Devido à divida, principalmente com fornecedores, os médicos afirmam que faltam materiais essenciais ao Centro Cirúrgico, UTI, Pronto-Socorro, Maternidade, Hemodiálise, Cirurgia Vascular, Geral e Ortopédica.

Até mesmo o banco de sangue está deixando de colher doações por falta de material, dizem os médicos. O sindicato informou que aguarda recurso financeiro da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) para tentar resolver os problemas mais emergentes.

Durante o encontro, os médicos decidiram ainda fiscalizar as unidades hospitalares de Cachoeiro de Itapemirim, elaborar relatório de materiais em falta por especialidades e orientar a população sobre a situação que os médicos se encontram.

A assessoria de Comunicação da Santa Casa optou por não se manifestar sobre as informações repassadas pelos médicos, ressaltando que esse é um movimento de iniciativa do corpo clínico do hospital.

A SESA mantém a informação de que os repasses estão em dia e que os pagamentos são feitos de acordo com o envio das notas fiscais. Também garante que não houve corte no orçamento da Saúde.

Afirma ainda que o Espírito Santo é o terceiro estado que mais investe em Saúde com recursos próprios e que a maior parte desse valor é utilizado para complementar a tabela SUS, que é insuficiente.