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Presidente do Simes destaca a gestão da Saúde na coluna Opinião, do jornal A Gazeta
17/10/2016 - 18:15

Foto: Simes                    Fonte: Dr. Otto Baptista

Nos últimos anos, a classe médica passou por um processo de marginalização de seus profissionais, promovido pela última gestão do governo e que sobrevive até os dias de hoje. Colocado como um trabalhador moroso e negligente – o que, de fato, não condiz com a veracidade deste prestador de serviço –, o profissional médico segue batalhando pelo respeito às condições de trabalho e pela vida de seus pacientes. Na sua obrigação enquanto representante da categoria, o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo se posiciona de forma veemente a todas as críticas que vem recebendo da população, dos gestores públicos municipais e estaduais de saúde.

É necessário combater o mau gerenciamento da saúde pública, o caos instalado na pasta, as péssimas condições de trabalho, que serão evidenciadas, assim como a verdade sobre o serviço da medicina, através de campanhas no mês do médico, celebrado no próximo dia 18. O mito sobre o salário médico, que, pelo SUS, no Espírito Santo, recebe até 1.300% abaixo do que o piso da categoria determina; consultas no serviço público que pagam R$ 3 ao profissional médico, enquanto os planos de saúde pagam até R$ 75; modelos de contratação fraudulentos impostos pelo gestor, são algumas das atrocidades cometidas contra o profissional de medicina.

No ano de 2015, contabilizados apenas os médicos da Secretaria Estadual de Saúde (SESA), aproximadamente 1.210 médicos trabalharam 1.060 horas durante todo o ano, resultando em quase 1,3 milhão de horas em serviços prestados à população, além de outros 405 médicos trabalhando 2.120 horas anuais, alcançando mais 853 mil horas à serviço da saúde e da vida dos capixabas.

Ainda assim, a saúde no Estado é precária, devido às péssimas condições de trabalho oferecidas pelos gestores nos últimos anos. Apesar das condições desumanas de trabalho a que são submetidos os médicos, nessas horas trabalhadas em 2015, segundo dados da própria Secretaria de Estado da Saúde, foram exatos 81.255 procedimentos cirúrgicos, através dos 228.701 atendimentos, feitos por mais de 1.600 médicos de 53 diferentes especialidades empregados pela SESA.

O momento pede que mostremos o nosso lado da história, de escalas sobrecarregadas de trabalho, de péssimas condições estruturais de trabalho, do mínimo equipamento hospitalar necessário para diagnóstico aos pacientes, da violência contra o médico, que supera 240 boletins de ocorrência por ano, fora as agressões não registradas pelos profissionais. À marginalização do trabalho médico: basta!