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São Lucas: médica alerta para risco de morte de pacientes
13/10/2016 - 17:47

Foto: Simes                    Fonte: Diony Silva | Jornal A Gazeta

Conforme noticiou o jornal A Gazeta, após identificar risco iminente de morte por não ter condições de prestar o atendimento adequado aos pacientes, uma médica plantonista do Hospital de Urgência e Emergência São Lucas, Vitória, encaminhou ontem um documento solicitando aos órgãos responsáveis pelos atendimentos, como o Samu e Corpo de Bombeiros, que redirecionem novos pacientes para outras unidades da rede de pública de saúde.

De acordo com o ofício, os corredores do São Lucas estão superlotados e sem condições de oferecer atendimento adequado até mesmo àqueles que já estão no local em estado grave. Durante a manhã de ontem, pelo menos 65 pacientes estavam recebendo atendimento nos corredores. Além da falta de espaço, também faltam diversos equipamentos importantes para salvar vidas de pacientes em estado grave, como pontos de oxigênio e ventilador mecânico.

Devido às condições, até a sala para realização de pequenas cirurgias que existe no local está ocupada por pacientes que deveriam estar em leitos de UTI, o que impede procedimentos cirúrgicos no local, segundo a médica. Outros seis pacientes aguardam em salas de estabilização por vagas em unidades de terapia intensiva. O documento ainda alerta que ''há no local pacientes grave sem uso de drogas vaso ativas e em ventilação mecânica sem monitorização'', portanto, conclui o texto, ''sem condições de dar suporte adequado aos pacientes, o que acarreta em risco iminente de morte''.

PROBLEMA ANTIGO


No fim de agosto, a Rádio CBN denunciou que mais de 10 pacientes em estado grave aguardavam em salas improvisadas por vagas no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do São Lucas. Alguns já estavam no local hámais de uma semana e sem expectativa de transferência. Na ocasião foi mostrado que na mesma estrutura do São Lucas, há 10 leitos de UTI, pertencentes ao HPM, que estão fechadas, mesmo estando em condições de funcionamento.

Hospital nega falta de aparelhos


Por volta das 19h de ontem, a diretora geral do São Lucas, Fabrícia Forza, afirmou que 58 pacientes ainda estavam recebendo atendimento nos corredores do hospital enquanto aguardavam vagas que seriam disponibilizadas por meio da Central de Regulação. Ela ainda afirmou que o ofício foi atualizado e revisto pelo diretor técnico da instituição, que constatou que algumas informações não estavam corretas, entre as quais a falta de oxigênio. Fabrícia ainda negou a falta de ventilação mecânica, e que a sala de pequenas cirurgias estivesse ocupada por pacientes. ''A gente torce para que não ocorra nenhum acidente grande, mas o São Lucas tem tanto capacidade quanto equipe técnica de enfermagem e médica para atender'', disse.