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Simes participa de protesto dos médicos do Hospital Infantil de Vitória
11/10/2016 - 19:40

Foto: Simes

Na tarde desta terça-feira (11), cerca de 60 médicos pediatras participaram do ato em frente ao Hospital Infantil de Vitória, a manifestação terminou às 17h. Os profissionais denunciaram a situação crítica do pronto socorro e a sobrecarga de trabalho. A ação contou com a participação do Simes, do CRM-ES e da AMES.

Segundo a médica intensivista Tania Perini, a principal reivindicação é sobre o pronto socorro que está em um local pequeno, mal iluminado, com pouca ventilação e sem condições de atendimento. ''O pronto socorro é insalubre e não há condições mínimas de trabalho. Há casos de até três crianças dividindo a mesma maca. Tem crianças que chegam aqui com uma infecção e saem com outras'', disse.

A médica afirmou, ainda, que os profissionais enfrentam superlotação e que não têm privacidade para atender os pacientes. ''Temos uma escala médica desfalcada. Tem dias que apenas dois médicos de plantão têm que dar conta de atender até 60 crianças que já estão internadas num local onde deveriam ter 15, além das que chegam no pronto socorro'', desabafou.

Os médicos da instituição se mobilizaram através das redes sociais, pedindo o apoio do Sindicato na última semana e foi realizada, na noite de ontem (10), uma vistoria na unidade. Junto ao corpo clínico do Hospital Infantil, o Simes coletou as demandas da categoria, realizou uma vistoria no local e, imediatamente, acionou a imprensa e sugeriu a mobilização dos médicos de todo o Estado, cobrando uma ação efetiva e instantânea dos gestores.

''O caos está instaurado. Precisamos de providências imediatas, a saúde precisa ser prioridade. O Hospital Infantil de Vitória está sangrando e, nós, médicos, não podemos fazer vista grossa. O momento é de unirmos a categoria e população para cobrar do gestor por mais dignidade no serviço público de saúde. Os direitos trabalhistas do médico estão sendo negligenciados, o direito universal de saúde à população não está sendo prestado. A gestão é amplamente responsável por este descaso sub-humano que vive a população no Hospital Infantil'', finalizou o presidente do sindicato, Otto Baptista.