Foto: Agência Porém

As entidades médicas do Estado do Espírito Santo lançam, neste mês de outubro, campanha de conscientização popular a respeito da carreira médica e seus percalços. A campanha é uma resposta ao achincalhamento do profissional médico promovido pela última gestão do governo e que sobrevive até os dias de hoje. O médico foi posicionado como marginal pelo governo federal, colocado como um trabalhador moroso e negligente, o que, de fato, não condiz com a veracidade da relação entre gestor e prestador de serviço.

Nas suas obrigações enquanto representantes da categoria, as entidades se posicionam de forma veemente contrária a todas as críticas que vêm recebendo da população, da imprensa, dos gestores públicos federais, municipais e estaduais. A entidades médicas vêm combater o mau gerenciamento da saúde pública, o caos instalado na pasta, as péssimas condições de trabalho, que serão evidenciadas na campanha, assim como a verdade sobre o serviço da medicina.

O mito sobre o salário médico, que, pelo SUS, no Espírito Santo, recebe até 1300% abaixo do piso determinado para a categoria; consultas no serviço público que pagam R$ 3,00 ao profissional médico, enquanto os planos de saúde pagam até R$ 75,00; modelos de contratação fraudulentos impostos pelo gestor, são algumas das pautas abordadas na campanha que instala outdoors e busdoors pela Grande Vitória, bem como inserções massivo nas redes sociais e meios de comunicação de massa - spots de rádio já estão sendo veiculados.

O médico capixaba precisa ser respeitado e a intenção da campanha é mostrar o nosso lado da história, de escalas sobrecarregadas de trabalho, de péssimas condições estruturais de trabalho, do mínimo equipamento hospitalar necessário para diagnóstico dos pacientes e da violência contra o médico. É chegada a hora de combater a Marginalização do Trabalho Médico: Basta! - uma campanha do Simes, CRM-ES e Ames.