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O desequilíbrio na vida pessoal e profissional do médico
07/10/2016 - 14:57

Foto: Reprodução Portal do Médico

De acordo com a pesquisa realizada pela PEBmed, a maior parte dos médicos brasileiros acaba abrindo mão de outras atividades por causa da sobrecarga no local de trabalho.

Perguntamos aos nossos entrevistados ''Como está sua relação de equilíbrio trabalho-vida?''. Dos 4 mil médicos que participaram da pesquisa, apenas 30% responderam que está ''boa''. O resultado mostra um grave problema na vida do profissional de saúde: por causa da sobrecarga de trabalho, o médico acaba abrindo mão de sua vida pessoal.

E esse desequilíbrio já começa cedo, durante a residência.


''A excessiva jornada de trabalho leva o médico jovem a criar uma espécie de 'mundo paralelo'. Como se, por algum momento, ele abrisse mão de sua vida social, dedicando-se quase que exclusivamente a sua formação. Relações conjugais, familiares, amigos e atividade física, por vezes, são deixados de lado'', explica o Dr. João Felipe Zanconato, presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro.

E para a maior parte dos médicos a pressão continua durante os anos que se seguem. Esse isolamento social, aliado à fadiga e privação do sono, criam um ambiente propício para alterações psicopatológicas e comportamentais, que variam desde um humor deprimido até a ideação suicida.

O que fazer?

Existem dois passos fundamentais para virar o jogo e viver uma vida melhor:

Não ignore suas necessidades

Como é muito fácil que as necessidades pessoais não programadas caiam no esquecimento, é importante programá-las em seu calendário, como qualquer outro compromisso. Pesquisadores aconselham a criação de um “calendário de vida”, para marcar encontros, happy hours e outros eventos pessoais.

Estabeleça metas

''Eu vou pegar apenas mais um plantão extra (e não vários), não vou ficar virando a noite sempre que tenha que preparar uma apresentação – vou me programar, colocando metas para preparar esse trabalho. É importante também estabelecer relações estáveis com amigos, conjugues e família'', aconselha Dr. Henrique Cal, neurologista e coordenador do BeepSaúde.

É preciso que haja equilíbrio entre trabalho/vida e bem-estar.