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Programa Mais Médicos é provisório, diz Ricardo Barros, ministro da Saúde
29/07/2016 - 14:48

Foto: Folhapress | Alan Marques

Embora ministros da presidente afastada Dilma Rousseff tenham asseverado que o Mais Médicos ''veio para ficar'', o atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, diz o contrário, que o programa ''é provisório''. Isto porque, na organização dos serviços de saúde, cabe aos municípios, e não ao governo federal, a responsabilidade de contratar os profissionais.

A afirmação, feita na quinta-feira (21) à Folha de S. Paulo, vem cerca de um mês depois de Barros declarar ao site G1: ''Se tiver algum ponto em que médicos brasileiros não queiram ir, teremos lá um médico cubano. É melhor ter um médico cubano do que um farmacêutico ou uma benzedeira''.

Barros não arriscou prazo para o final do programa, que deve seguir normalmente. Limitou-se a dizer que o pacto federativo determina ser competência dos municípios a execução do sistema de atenção básica de saúde.

A esperança do ministro é de que os cubanos sejam ao longo do tempo substituídos por brasileiros. Ele até convidou o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira a peparar um edital com novas medidas que incentivem brasileiros e ocupar cargos nas cidades mais distantes, onde hoje a maioria é de cubanos.


No total, 18.240 médicos atuam no programa federal, que oferece bolsa de R$ 10 mil a brasileiros e estrangeiros. Cerca de 11.420 deles são provenientes de Cuba e em torno de 20% deles devem ser substituídos em novembro.

PEDIDO A CUBA

Dentre as medidas anunciadas pelo ministro em relação ao Mais Médicos, está o pedido feito ao governo de Cuba e à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) - responsáveis pela vinda dos médicos - para que flexibilizem a permanência de parte do contingente que chegou em 2013, prorrogando o contrato por mais três anos. É que mais de mil deles casaram-se aqui e alguns têm filhos - disse Barros.